quinta-feira, 4 de agosto de 2011

França

Viagem para França

   Já se passaram alguns meses desde que soube que fui designado para acompanhar os atletas do Instituto Tênis em uma viagem de um pouco mais de um mês de duração para a França. Seria a segunda vez que eu teria a oportunidade de atravessar o Atlântico e pisar em solo Europeu em função do tênis. Ano passado vim com um grupo de atletas que tiveram um excelente aprendizado com a viagem, e a partir do momento que fiquei sabendo que esse ano traríamos mais atletas, a alegria foi grande, a preocupação e responsabilidade gigante!!

   Os dias que antecederam a viagem inevitavelmente tornaram-se mais lentos e a expectativa crescia a cada período de treinamento que se passava. O dia do embarque estava próximo, mas em meio à arrumação das malas, tive que lidar com a mudança repentina de apartamento onde eu morava em Alphaville. Pra quem já passou por mudança de apartamento, sabe que quanto mais você organiza as coisas para tirar de casa, mais as coisas continuam a surgir do nada. Para minha sorte, pude contar com o auxílio de dois anjos chamados Helio Sileman e Julianna Bacelar, que fizeram o trabalho de dias de arrumação durarem poucas e divertidas horas.

   O dia da viagem chegou e mais uma vez contei com meu grande amigo Helio para levar-me ao aeroporto. Durante a viagem, me lembro de ter comentado como essa viagem em particular estava me deixando feliz, de alguma maneira eu sentia que estava indo viajar com a certeza que acrescentaria muito na vida tenística desses meninos e meninas que iriam embarcar comigo.

   Chegando ao aeroporto senti uma alegria muito grande, alguns dos melhores juvenis que eu conheço e que já trabalhei estavam prestes a viajar mais uma vez comigo. Um imprevisto importante surgiu alguns minutos antes do embarque, mas a situação logo foi resolvida com uma conversa cheia de motivação e confiança mútua. Na fila do embarque, a conhecida hora da despedida dos pais, alguns sorrisos e várias lágrimas...

   Após 12 horas de viagem, chegamos ao aeroporto internacional de Paris. Uma organização incrível e uma infra estrutura que me deixou espantado. Foi inevitável a avaliação e a comparação com nossos aeroportos brasileiros, pareceu piada. Enquanto seguia embasbacado com a estrutura, tivemos que atravessar o aeroporto para realizar um novo check-in, com destino a nossa última parada, a cidade de Nice. Devido a falta de atenção de uma atleta, tive que enfrentar outro imprevisto e voltar as pressas até a esteira de desembarque das malas. Dos sete atletas que estava acompanhando, somente as malas de um deles deveria ser retirada em Paris para um novo check-in. Resultado? Malas esquecidas na esteira e um atraso que não chegou a comprometer nada... Só rendeu um pequeno susto e uma boa história pra contar. Antes de voar para Nice, por indicação da minha amada irmã, parei em uma padaria do aeroporto chamada PAUL, para comer um folheado com recheio de chocolate, realmente uma DELÍCIA. Obrigado Soul Sister, mandasse bem!

   Desembarcamos em Nice, um aeroporto maravilhoso que foi construído avançando no mar. Segundos antes da aterrissagem, a impressão que temos é de que o avião vai pousar na água.

   Após retirarmos todas as bagagens (7 atletas, todos com 2 ou 3 bagagens) fomos à loja da EUROPCAR, retirar o nosso “carrinho”.


   Seria a primeira vez que eu iria dirigir um carro desse tipo. Uma VAN, praticamente um microônibus da Peugeot estava estacionada esperando por nossas bagagens. A sensação de ligar e conduzir um carro desse tipo foi realmente divertida, me lembrei de um antigo amigo, o seu Udo que era motorista da van há 10 anos atrás na equipe do Bela Vista Country Club, quando eu ocupava o banco dos passageiros, os mesmos bancos que hoje meus atletas estavam ocupando. Algumas coisas realmente não mudam com o passar do tempo, o banco da frente ao lado do motorista continua sendo disputado por par ou ímpar, discussões e coisas do gênero...

   No caminho para o hotel um misto de saudade, de entusiasmo, felicidade e outras sensações que se misturaram e me fizeram muito bem. Acho que ali, naquele momento eu tinha entendido que ficaria 34 dias em companhia dos atletas que eu treino. Sem pais, sem parentes, sem muito conforto, sem rotina definida, apenas com a certeza que o grupo todo iria respirar tênis e tornar-se mais forte com o passar dos dias.

   No hotel, com o cansaço da viagem e a confusão do fuso horário só deu tempo de jantar e achar um lugar pra cair e descansar. No dia seguinte já iniciariam os jogos, treinamentos e períodos de preparação física. O cansaço era grande, a empolgação e a expectativa também! Com tudo organizado, é hora de “ir pra luta”.

   Durante as semanas de competições, serão torneios em diversas cidades próximas, vamos seguir trabalhando e conhecendo lugares e adversários novos!
   Um grande abraço a todos e até a próxima.

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